segunda-feira, 27 de junho de 2011

Se fosse setembro...

Se fosse setembro, talvez o ar ajudasse. A primavera entende essas coisas. No inverno, os corpos na ânsia de se aproximar esquecem de esquentar a pele. O arrepio estremece, congelando o que há por dentro. Eu nunca fui muito boa em contas, você sabe... Mas a matemática é mesmo complicada, principalmente quando se constata que um mais um nem sempre são dois. E que talvez todas essas ciências tenham vindo apenas atrapalhar, inclusive as humanas, que não humanizam nada, nem ninguém... Pensar confunde, sentir explica tudo. E eu penso demais e sinto na mesma proporção, confundindo qualquer tipo de explicação plausível pra essa minha estranha personalidade.
No mais venho tentando descomplicar. Aceitemos que ainda é junho e que um longo e frio inverno nos aguarda. Cara, o toque ainda pode ser agradável, quente, gostoso e melhor, é verdade. Principalmente se não estiver carregado de pretensões e emoções para o próximo outono-inverno-primavera-verão. Uma estação depois da outra. Um beijo de cada vez.
E aos poucos as flores desabrocham, pintam a paisagem de amarelo, vermelho, roxo. E tudo que era cinza se desfaz. Os corpos mesmo suados insistem em ficar juntos, não por necessidade, por prazer. O arrepiou extravasa, é o riso da alma. Tudo fica mais leve, enfim nos despimos das frustações/pretensões/convicções e dos casacos que também pesam nos ombros. É verão, é mais leve... É MELHOR.